Tove Lo revela histórias de sua vida apresentando programa de rádio sueco – Tove Lo Brasil
Tove Lo revela histórias de sua vida apresentando programa de rádio sueco
Postado por João Victor Oliveira em 17.07.2017

O verão na Suécia já começou e, com ele, o programa mais ouvido das rádios do país também. Hospedado na Sverige Radio – P1, o programa Sommar i P1 convida um grande número de artistas e celebridades nacionais para apresentá-lo a cada dia, contando histórias de sua vida, debatendo assuntos do dia-a-dia, e o mais divertido; montando a sua própria playlist para tocar nos longos 90 minutos de programa.

A convidada deste sábado (15) foi Tove Lo, que em meio a agenda lotada de shows com a Lady Wood Tour e com os atos de abertura da A Head Full Of Dreams Tour (do Coldplay), arranjou um tempinho para apresentar na rádio. A cantora era uma das artistas mais esperadas da temporada de entrevistas, não só por ser uma grande e importante personalidade sueca, mas por ser a grande ativista que é quanto ao feminismo. Confira logo abaixo o áudio completo da entrevista e a playlist com todas as músicas tocada por Tove no programa.

 Devido a entrevista ter sido completamente falada em sueco, nossa equipe conseguiu apenas traduzir alguns trechos, principalmente os mais importantes. A cantora começou falando sobre alguns problemas em sua adolescência:

“Tudo começou quando eu tinha 15 anos e durou até anos atrás. Hoje eu estou bem. Tive um grande transtorno alimentar com compulsões e vômitos durante vários anos. Na escola, eu pegava o sanduíche de queijo e contava todas as calorias para ver se aquilo não me traria nada de ruim […] Você que teve ou tem bulimia ou anorexia pode entender isso. Todos aqueles momentos em que você comia por culpa e tudo mais. O ódio total e absoluto de seu próprio corpo, por exemplo. Eu vomitava tanto na escola como em casa, mas escondia tudo dos meus pais. Quando eu tinha 17 anos, fui pega por minha amiga Sara, que imediatamente recomendou que eu fosse à um psicologo. A partir daí, tive que falar com minha mãe. Muitas vezes, na consulta, eu mentia dizendo que eu estaria vomitando por algo ruim que comi.”

“Três anos depois, eu tive meu primeiro problema nas cordas vocais, porque eu vomitava muito. O ácido gástrico praticamente corroeu minha garganta. Quando eu fiz 20 anos, descobri cistos nas cordas vocais, foi quando eu acordei para a vida. Eu realmente queria arruinar minha voz? Aquilo um estalo pra que eu acordasse e começasse a me cuidar. Não eram cistos graves, mas acabaram causando-me alguns piores há 3 anos. Quase perdi a voz novamente, mas hoje estou aqui, reeducada.”

“Pode ser difícil de acreditar que eu lutei contra tudo isso, e hoje em dia eu gostar de mostrar meu corpo nu na maioria das ocasiões e shows. Mas é justamente isso. É a minha volta por cima. Ganhei bastante peso devido o tratamento do meu transtorno alimentar. Aqui estão os meus peitos saudáveis, sem costelas à mostra… e eu; o próprio teor de gordura.”

“Hoje, com minha carreira bastante evoluída e já com meu segundo álbum lançado, ainda me associam SEMPRE às drogas e ao sexo. Eu não ligo se acham isso algo ruim e assustador. Convivo com isto nos Estados Unidos e até aqui, na Suécia, em meu país de origem […] Lembro me bem quando fui performar em um programa de TV americano pela primeira vez e o estilista do programa me sugeriu usar um sutiã de suporte, para que meu seios não pulassem tanto no palco. Eu tive que convencê-lo que eles eram pequenos para chamarem tanta atenção e que eu não ligava se eles fizessem tanto movimento.”

“Eu dou várias risadas quando lembro de minha infância e adolescência rebelde. Minha mãe conta que aos meus 4 anos, eu fugi de casa e passei quase o dia todo desaparecida. Não me lembro muito bem pra onde fui, mas voltei no mesmo dia, prestes a virar uma procurada pela polícia. Eu fui uma adolescente bem emo. Não é atoa que minha primeira banda foi de um rock bem melancólico e obscuro. Hoje vemos o que eu me tornei e evolui; essa criança que foge ao redor do mundo com minha música e composições tão obscuras e sentimentais.”

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